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sexta-feira, 7 de abril de 2017

ONU alerta sobre risco de escalada após ataque dos EUA na Síria


Agência EFE

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou nesta sexta-feira (7) sobre o risco de uma "escalada" após o ataque lançado pelos Estados Unidos contra uma base aérea síria e pediu que se contenham os ânimos para evitar uma piora da situação. As informações são da Agência EFE.

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"Consciente do risco de uma escalada, peço contenção para evitar qualquer ato que possa aprofundar o sofrimento dos sírios", disse Guterres em um comunicado.
Ele informou que acompanhou as informações sobre o bombardeio executado pelos Estados Unidos (EUA) contra a Base Aérea de Shayrat e manifestou "grave preocupação" pela situação na Síria.

Guterres reiterou que condena o ataque químico desta semana na cidade de Khan Sheikhoun e ressaltou que deve haver prestação de contas por esses crimes. Ao mesmo tempo, insistiu que a guerra na Síria só pode ser resolvida pela via política. "Estes fatos reforçam minha crença de que não há outra forma de resolver o conflito a não ser através de uma solução política. Convoco as partes a renovarem urgentemente seu compromisso para avançar nas negociações de Genebra", disse ele, em referência ao diálogo mediado pela ONU entre o governo e a oposição síria.


O secretário-geral das Nações Unidas pediu que o Conselho de Segurança exerça sua responsabilidade de manter a paz e a segurança internacional. "Durante muito tempo a legislação internacional foi ignorada no conflito sírio, e é nossa responsabilidade comum defender os padrões internacionais de humanidade. Este é um requisito prévio para acabar com o sofrimento constante do povo da Síria", disse. O Conselho de Segurança da ONU reúne-se ainda hoje para analisar a ação americana na Síria, que a Rússia  considerou uma "agressão" a um Estado soberano.

OMS confirma 84 mortos e 546 feridos em ataque químico na Síria


A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, nesta sexta-feira (7), que 84 pessoas morreram e 546 ficaram feridas, após o suposto ataque químico na terça-feira (4), na cidade síria de Khan Sheikhoun, na província de Idlib. A informação é da Agência EFE.

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O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Christophe Boulierac, informou há pelo menos 27 crianças entre os mortos.

Dos feridos, 74 foram transferidos para a Turquia, entre os quais 34 mostraram "sintomas compatíveis com os da exposição a componentes químicos tóxicos, foram tratados de ferimentos e outras doenças",  disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.

Uma pessoa morreu e outra encontra-se em estado grave, mas a maioria dos pacientes está bem e pode receber alta, acrescentou.

Jasarevic disse que a OMS trabalha com seus parceiros na província de Idlib para fornecer os remédios necessários, revisar as necessidades sanitárias e assegurar que a equipe médica tenha os conhecimentos e os equipamentos para responder a um ataque desse tipo.

Tanto a OMS quanto o Unicef trabalham para levar medicamentos à região, especificamente atropina, um agente anticolinérgico que pode combater efeitos de intoxicação química. 

A OMS esclareceu que não desempenhou "absolutamente nenhum papel nas autópsias feitas por legistas turcos, nem recolheu amostras ou participou de análises". Havia, sim, um membro da OMS presente durante esses trabalhos porque estava na região para visitar hospitais, avaliar as necessidades e verificar o número de pacientes e o número de mortos e feridos.


Por isso, a OMS não pode confirmar se foi usado gás sarin no ataque, como acusam vários países que responsabilizam o Exército sírio, acrescentou o porta-voz.

Síria diz que bombardeio americano matou 9 civis


Agência EFE

Pelo menos nove civis, entre eles quatro crianças, morreram hoje (7) e outros sete ficaram feridos no bombardeio americano contra uma base militar síria, informou a agência oficial Sana. As vítimas civis estavam nos povoados de Al Hamrat, Al Shayrat e Al Manzul, situados nos arredores da base área de Shayrat, atacada pelos Estados Unidos. A informação é da agência de notícias EFE.

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A agência Sana acrescentou que o ataque também causou uma grande destruição nas casas desses povoados da província de Homs. Em Shayrat caíram dois mísseis Tomahawk que provocaram a morte de cinco civis, entre eles três crianças, enquanto em Al Hamrat morreram outras quatro pessoas, entre eles um menor, pelo impacto de um míssil, segundo a agência.

Na cidade de Al Manzul, que fica a quatro quilômetros da base aérea, sete pessoas ficaram feridas. O Exército sírio confirmou que seis militares morreram no ataque, mas o Observatório Sírio de Direitos Humanos elevou o número de vítimas militares a sete, incluindo um comandante.

Rússia repudia lançamento de mísseis na Síria; França e Alemanha apoiam


Agência Brasil

Líderes mundiais repercutiram hoje (7) o lançamento de 59 mísseis, pelos Estados Unidos, contra a base militar do governo da Síria nessa quinta-feira (6). A Rússia repudiou fortemente, enquanto a França, a Alemanha e Israel apoiaram o ataque. Segundo o presidente norte-americano, Donald Trump, a ação foi uma resposta ao ataque químico lançado no começo da semana pelo Exército sírio, comandado pelo presidente Bashar Al Assad.

Em comunicado, o presidente russo, Vladmir Putin,  disse que o lançamento dos mísseis agrediu um Estado soberano e isso representa "um golpe nas relações da Rússia com os Estados Unidos".

O Kremlin reforçou que os Estados Unidos terão consequências negativas porque violaram normas do direito internacional. O país já pediu pediu uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
A França e Alemanha afirmaram, em comunicado conjunto, que o presidente sírio, Bashar Al Assad, tem plena responsabilidade pelos ataques dos Estados Unidos à base militar do governo sírio.

O primeiro-ministro de Israel também apoiou. Benjamin Netanyahu afirmou que o Estado israelense está plenamente de acordo com a decisão de Donald Trump.

Outros países que apoiaram o ataque foram o Japão, a Turquia, o Reino Unido e a Arábia Saudita. A China e o Irã afirmaram que não apoiam a medida norte-americana.

Na noite dessa quinta-feira (6), Donald Trump fez um pronunciamento, após o anúncio do ataque, e  conclamou os países que se unam aos Estados Unidos para lutar contra o que chamou de derramamento de sangue inocente na Siria.

Ao falar do ataque, Trump lembrou que as armas químicas estão proibidas segundo resolução das Nações Unidas. Os mísseis lançados são a primeira ação militar direta dos Estados Unidos sobre a Síria.

Um ataque com gás venenoso na terça-feira, na cidade síria de Khan Sheikhoun, tomada por rebeldes, matou entre 70 e 80 pessoas, a maioria delas civis, crianças e mulheres.

Até o momento, o discurso de Donald Trump estava direcionado ao combate ao grupo extremista Estado Islâmico que, na Síria, faz oposição ao governo.

De acordo com o Pentágono, a Casa Branca já vinha discutindo medidas a serem tomadas em relação ao país. Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos à Síria em setembro de 2014, mas o alvo vinha sendo o Estado Islâmico.

O lançamento dos mísseis ocorreu em meio a uma agenda internacional de Donald Trump, após jantar com o presidente chinês, Xi Jinping, na Flórida. Os dois presidentes estarão reunidos até o fim da tarde de hoje.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Ministro turco diz que autópsias confirmam uso de armas químicas na Síria


O ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, informou hoje (5) que as autópsias realizadas nas vítimas do ataque ocorrido na última terça-feira, na província de Idlib, na Síria, confirmaram o uso de armas químicas.

"Fizeram autópsias em três corpos que foram levados de Idlib para Adana (sul da Turquia), e contaram com a participação de representantes da Organização Mundial da Saúde e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ). O resultado dos exames comprovou o uso de armas químicas", afirmou Bozdag, à agência de notícias turca Anadolu.

Segundo a agência EFE, o ministro de Saúde da Turquia, Recep Akdag, já tinha dito ontem que existiam "provas" do uso de armas químicas no ataque, que ele atribuiu ao governo sírio, que vem negando seu envolvimento na ação.

"Esta investigação científica demonstrou que Bashar al Assad (presidente sírio) utiliza armas químicas", afirmou Bozdag, hoje, após o resultado das autópsias.


Após o ataque a cidade de Jan Shijun, na última terça-feira, que causou mais de 80 mortes e deixou centenas de feridos, 30 vítimas foram transferidas para hospitais da Turquia.

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