Mostrando postagens com marcador DENGUE. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DENGUE. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de julho de 2017

Ceará vive epidemia de Chikungunya com quase 60 mil casos confirmados

O estado do Ceará vive uma epidemia de arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos), sobretudo casos de chikungunya. A confirmação é da Secretaria de Saúde estadual que, no último boletim semanal, registrou a “ocorrência epidêmica de arboviroses, principalmente se consideradas as notificações de casos de chikungunya”. De acordo com os dados, o estado soma 58.957 casos da doença.

Mais de 80% das cidades cearenses já registraram casos confirmados da doença, que levaram 51 pessoas à morte. As cidades de Acopiara, Beberibe, Caucaia, Maranguape, Morada Nova, Pacajus, Senador Pompeu e a capital Fortaleza concentram 40 óbitos por chikungunya.

Desde o início do ano, foram notificados 103 mil casos da doença, dos quais 57% foram confirmados (58.957). Segundo a Secretaria de Saúde do Ceará, a “tendência crescente” de notificações gerou uma taxa de incidência de 1.099 casos para cada 100 mil habitantes. As principais vítimas são pessoas do sexo feminino, entre 20 e 59 anos.

Dengue e Zika
Em relação à dengue, o Ceará registrou mais de 65 mil notificações em 2017. A secretaria identificou incidência acima do limite superior, chegando a 56 casos para cada 100 mil habitantes – maior pico do ano. Até o momento, 24,6% dos casos suspeitos foram confirmados, principalmente entre pessoas do sexo feminino e com idades entre 15 e 49 anos. A porcentagem equivale a pouco mais de 16 mil confirmações em todo o estado, entre os quais, 13 foram caracterizados como graves, levando 8 pessoas à morte.

O vírus Zika já foi confirmado em 432 pessoas, também incidindo preferencialmente em mulheres entre 15 e 49 anos. O número de notificações da doença em gestantes chegou a 941, no entanto apenas 44 fora confirmados por análises de laboratório, nas cidades de Fortaleza, Brejo Santo, Icó, Independência e Caucaia.

A atenção dos órgãos de saúde se intensifica em relação aos casos de Zika em gestantes, porque o vírus da doença é um dos responsáveis pela malformação de bebês durante a gestação. Após o nascimento, podem ser constatados casos de síndromes congênitas, como a microcefalia – malformação no crânio – hidranencefalia, Síndrome de Guillain-Barré, entre outras.

As três arboviroses são causadas por diferentes vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypt, que se reproduz em água parada, inclusive em ambientes residenciais. Por isso, a recomendação é que as caixas de água estejam sempre tampadas e que objetos que acumulem água da chuva estejam cobertos ou virados para baixo.

Questionada sobre o motivo do aumento de casos de chikungunya no estado e sobre o que o governo estadual fará para lidar com o problema, a Secretaria de Saúde informou que vai divulgar nota sobre o assunto, mas não deu prazo.

terça-feira, 28 de março de 2017

Região metropolitana de Vitória registra primeira morte por febre amarela

Agência Brasil
A região metropolitana de Vitória registrou a primeira morte por febre amarela. De acordo com a Secretaria de Saúde do Espírito Santo, o óbito foi identificado no município de Cariacica.

Este ano, até a última sexta-feira (24), a secretaria recebeu 344 notificações de suspeita da doença, das quais 73 foram descartadas. Do total de 271 casos, 115 foram confirmados para febre amarela silvestre. Desses, 37 evoluíram para morte – cinco em Muniz Freire, quatro em Brejetuba, quatro em Colatina, três em Irupi, dois em Ibatiba, dois em Itarana, dois em Laranja da Terra, dois em Pancas, dois em Afonso Cláudio, dois em Conceição do Castelo, dois em Domingos Martins, dois em Santa Maria de Jetibá, um em São Roque do Canaã, um em Vargem Alta, um em Conceição da Barra, um em Cariacica e um em Aracruz.

Os óbitos atualizados são de casos anteriores, que tiveram a investigação concluída nessa data”, informou a secretaria.

Ainda de acordo com o boletim, os 115 casos confirmados são dos prováveis municípios: Ibatiba (19), Colatina (16), Brejetuba (9), Conceição do Castelo (8), Muniz Freire (7), Pancas (5), Laranja da Terra (5), Afonso Cláudio (5), Baixo Guandu (4), Itarana (4), São Roque do Canaã (4), Castelo (3), Irupi (3), Itaguaçu (3), Domingos Martins (3), Cachoeiro de Itapemirim (2), Santa Maria de Jetibá (2), Iúna (1), Marilândia (1), Fundão (1), Ibiraçu (1), Aracruz (1), Serra (1), Santa Leopoldina (1), Vargem Alta (1), Santa Teresa (1), Ibitirama (1), Alfredo Chaves (1), Cariacica (1) e Conceição da Barra (1).

“Com isso, há 156 casos em investigação com quadro indicativo também de leptospirose, febre maculosa, dengue e outras doenças com sintomas semelhantes”, concluiu o órgão, em nota.

Cobertura Vacinal
Segundo informações enviadas pelos municípios, 2.596.368 pessoas foram imunizadas contra a febre amarela em todo o Espírito Santo. O número representa uma cobertura vacinal de 72,56% da população do estado. Foram distribuídas, até o momento, 3.332.030 doses.

Macacos
A secretaria informou ter recebido a notificação de mortes de macacos em um total de 52 municípios, dos quais 21 tiveram amostras confirmadas para febre amarela: Afonso Cláudio, Cariacica, Castelo, Colatina, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Guarapari, Ibatiba, Irupi, Itaguaçu, Itarana, Iúna, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Pancas, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Serra, Venda Nova do Imigrante, Viana e Vitória.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

População deve redobrar cuidados com o Aedes aegypti no verão

O verão cria as condições ideais de temperatura e umidade para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, por isso os cuidados para combater o inseto devem ser reforçados nesta estação.

O alerta é do secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Luiz Antônio Teixeira Júnior. “É fundamental que todos se mobilizem, utilizando dez minutos por semana para vistoriar as próprias casas e eliminar possíveis focos [de reprodução do mosquito]. A prevenção ainda é a forma mais eficiente para se combater o vetor.”

A principal recomendação é eliminar locais de água parada, onde o mosquito deposita suas larvas. É preciso estar atento a vasos de plantas, pneus velhos, bacias e outros recipientes que possam armazenar água.

Chikungunya

O Rio de Janeiro registra casos das três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e em 2017 a previsão é que o número aumente, principalmente os de chikungunya. Considerado novo no país, o vírus da doença ainda não teve contato intenso com a população, o que preocupa as autoridades de saúde pela dimensão que uma eventual epidemia pode ter.

“Já tivemos a presença do tipo 1 da dengue desde 2011, logo, boa parte da população já tem imunidade contra esse vírus. Em 2015 e 2016, tivemos a circulação intensa do vírus Zika, fazendo com que uma parte significativa das pessoas tenha sido exposta a ele. Portanto, a chikungunya é a doença que mais nos preocupa neste verão”, explicou o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe,

A chikungunya é uma doença parecida com a dengue, mas costuma provocar febre bastante elevada de início súbito, acompanhada de fortes dores nas articulações. A doença costuma ter duas ondas: a primeira é a fase aguda da febre, dor no corpo e dor na articulação; na segunda onda, o paciente pode desenvolver sinais e sintomas por meses ou até anos. A doença pode causar uma incapacidade funcional durante semanas ou meses.


Agência Brasil

quarta-feira, 1 de junho de 2016

OMS recomenda sexo seguro por oito semanas após visita a área com Zika

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que casais que vivem em regiões onde há transmissão do Zika evitem a gravidez em momentos de alta circulação do vírus. Em atualização de documento sobre prevenção sexual da doença, a organização aconselha ainda a quem visitou áreas onde o vírus é endêmico, que fique por oito semanas sem fazer sexo ou que use preservativos pelo mesmo período, depois que voltar de viagem.

De acordo com a entidade internacional, o principal vetor da doença é o mosquito Aedes aegypti, porém, estudos identificaram a presença do vírus em fluidos corporais de pessoas infectadas. Segundo a entidade, a transmissão sexual é mais comum do que se imaginava a princípio.

O documento também sugere que homens que tiveram os sintomas do vírus, como manchas vermelhas, febre leve e conjuntivite, devem usar preservativos ou evitar relações sexuais por pelo menos seis meses. Este tempo deve ser estendido até o fim da gravidez, em caso de parceira gestante.

As orientações foram feitas devido à relação entre o vírus zika em gestantes e o nascimento de bebês com microcefalia e outros problemas neurológicos. Segundo a OMS, sempre que surgirem novas evidências, o documento será atualizado. Atualmente, 60 países registraram a transmissão interna do vírus Zika.

Além das recomendações de ordem individual, a OMS também determina que os governos garantam o direito de mulheres que não querem engravidar usarem contraceptivos de emergência, como a pílula do dia seguinte.

Zika
Transmitido por um mosquito bem conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução costumava ser benigna e que os sintomas, geralmente erupção cutânea, fadiga, dores nas articulações e conjuntivite, além de febre baixa, eram mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, em 28 de novembro de 2015 o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo Zika.

A microcefalia não é uma malformação nova. Ela pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
A relação entre o zika e a microcefalia e outras alterações neurológicas motivou a declaração de Emergência em Saúde Pública pelo Ministério da Saúde em novembro do ano passado e de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela OMS em fevereiro de 2016.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Pesquisa brasileira publicada na Science mostra como vírus Zika age no cérebro




Pesquisa divulgada no Rio de Janeiro, revela como o vírus Zika age nos tecidos cerebrais levando a malformações neurológicas em bebês, entre elas a microcefalia. O trabalho, publicado na revista científica Science, pode ajudar a encontrar medicamentos que reduzam os danos causados pelo vírus na infecção de grávidas.

O estudo foi feito por cientistas do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), liderados pelo neurocientista das duas instituições Stevens Rehen, com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Academia Brasileira de Ciências.

sábado, 5 de março de 2016

Primeiro caso autóctone do vírus Zika é confirmado na cidade de São Paulo



O primeiro caso autóctone (contraído na própria cidade) do vírus Zika foi identificado na cidade de São Paulo. A informação foi confirmada na noite de ontem (4) pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

O vírus foi detectado em uma mulher, 28 anos, com 30 semanas de gestação. Ela é moradora do bairro Freguesia do Ó, na zona norte da capital. O caso foi notificado no dia 3 de fevereiro. Segundo a secretaria, o exame ultrassom morfológico apresentou normalidade no feto. Mesmo assim, a paciente foi encaminhada para fazer o pré-natal no Hospital Escola e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, por ser referência para gestação de alto risco.

A paciente, cujo nome não foi informado, apresentou os primeiros sintomas no dia 30 de janeiro e disse não ter viajado para fora do estado. No dia 3 de fevereiro, foram coletados urina e sangue da paciente e, no dia 25 de fevereiro, o resultado foi confirmado como positivo para o vírus. No dia seguinte, foi feita uma nova coleta de sangue e novamente o resultado foi positivo.

O local onde vive a gestante e todo o entorno foi visitado para exterminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, informou a secretaria.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Diretora-geral da OMS não vê perigo de zika durante os Jogos Olímpicos

Os visitantes que vierem ao Brasil nos meses de agosto e setembro, para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, não devem temer o contágio pelo vírus Zika, pois, no inverno, a população de mosquitos chega ao mínimo, disse hoje (24) a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan.

Em companhia do ministro da Saúde, Marcelo Castro, Margaret Chan visitou nesta quarta-feira a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos principais centros de pesquisa do país. Perguntada se haveria algum tipo de risco de visitantes e atletas contraírem a zika durante os Jogos, ela demonstrou confiança nos esforços feitos pelas autoridades brasileiras e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

“O Brasil não é novato em organizar eventos de massa. Vocês recém-terminaram o carnaval e dois anos atrás sediaram a Copa do Mundo. Nossos especialistas têm se reunido com o governo e o Comitê Olímpico local, para desenvolver um plano sólido de controle de vetores [de doenças]. Além disso, em agosto e setembro, é inverno e estação de seca no Brasil. A densidade de mosquito nessa época é a menor do ano. O governo brasileiro e o Comitê Olímpico se comprometeram a trabalhar juntos para garantir que os Jogos sejam agradáveis para os participantes, os visitantes e os atletas”, disse Margaret.

O ministro Marcelo Castro também ressaltou que não há preocupação especial com a disseminação da doença durante a Olimpíada, pois a tendência é cair a incidência da doença nessa época do ano. Ele disse que, no período em que serão disputados os Jogos (agosto e setembro), é “histórico" que a população de mosquito cai vertiginosamente, aos menores níveis de todo o ano.

"O período de maior população de mosquitos são os meses de março e abril. Em maio, [o número deles] começa a declinar e em julho e agosto chega a níveis basais. Este ano, está sendo feito um esforço [de combate] pelos governos federal, estaduais e municipais, mais o envolvimento da sociedade, como nunca houve em nenhuma época.”

Marcelo Castro disse esperar que, dentro de dois anos, já esteja disponível para a população uma vacina contra a dengue e, dentro de três anos, uma vacina contra a zika. Também participaram da coletiva a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

A diretora-geral da OMS, que na parte da manhã esteve no Recife, fez questão de mostrar aos jornalistas a camiseta que vestia, ganha de presente da presidenta Dilma Rousseff, com a frase “Zika Zero, um mosquito não é maior que um país inteiro”.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Diretora-geral da OMS chega hoje ao Brasil para discutir combate ao Zika


A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, chega hoje (23) ao Brasil para visita oficial. Ela desembarca em Brasília, onde será recebida pela presidenta Dilma Rousseff. Ao longo do dia, estão previstos ainda encontros com ministros de diversas pastas envolvidas na resposta brasileira à epidemia do vírus Zika.

Margaret Chan vem ao país acompanhada da diretora da Organização Pan-Americana de Saúde e diretora regional da OMS paras as Américas, Carissa Etienne. Da capital, ela deve seguir para o Recife, já que o estado de Pernambuco registra o maior número de casos de microcefalia possivelmente associados à infecção (182 casos da malformação confirmados e 1.203 em investigação).

No início do mês, a OMS declarou emergência em saúde pública de interesse internacional em razão do aumento de casos de infecção pelo Zika em diversos países e de uma possível relação da doença com quadros de malformação congênita e síndromes neurológicas. A decisão foi tomada após reunião de um comitê de emergência em Genebra.

O Ministério da Saúde investiga pelo menos 3.935 casos suspeitos de microcefalia possivelmente associada ao vírus. Até o dia 13 de fevereiro, 508 casos foram confirmados e 837 descartados de um total de 5.280 notificações. Desde a última quinta-feira (18), a notificação de casos suspeitos de infecção pelo Zika é obrigatória no Brasil. Todos os casos suspeitos deverão ser comunicados semanalmente às autoridades sanitárias.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Zika: o que já se sabe e o que ainda falta saber sobre a doença


A escalada do vírus Zika nos noticiários e nas agendas dos governantes reflete a preocupação com a crescente epidemia. Mais de 30 países e territórios já registram casos autóctones da doença - a maioria deles no continente americano, incluindo o Brasil – e outros 17, como Alemanha, Espanha e Estados Unidos, notificaram casos de pessoas que contraíram a doença no exterior.

A gravidade da epidemia colocou pesquisadores de todo o mundo em alerta e, embora muita coisa já tenha sido descoberta, muitos pontos sobre o Zika continuam obscuros, como a relação do vírus com os casos de microcefalia que ainda não foi comprovada.

Reunimos em um infográfico os principais tópicos sobre o que já se sabe e o que ainda falta descobrir sobre o vírus Zika. Confira abaixo.

O que já se sabe
Da família Flaviviridae e do gênero Flavivirus, o vírus Zika provoca uma doença com sintomas muito semelhantes aos da dengue, febre amarela e chikungunya. De baixa letalidade, causa febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores nas articulações) e exantema maculo-papular (manchas ou erupções na pele com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Rússia anuncia primeiro caso de Zika no país


A Rússia anunciou hoje (15) o primeiro caso de vírus Zika no país, em uma mulher infectada na República Dominicana, onde passava férias.

De acordo com a agência estatal Rospotrebnadzor (Serviço Federal para Supervisão de Direitos do Consumidor e Bem Estar Humano), a mulher foi hospitalizada em Moscou e o seu estado é satisfatório. "As análises laboratoriais revelaram a presença do vírus Zika na paciente", explicou a mesma fonte.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti

Saiba quais são os fatores que afetam o ciclo de vida do vetor e do que ele se alimenta

Do ovo à forma adulta, o ciclo de vida do A. aegypti varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de alimentos e quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro, uma vez que a competição de larvas por alimento (em um mesmo criadouro com pouca água) consiste em um obstáculo ao amadurecimento do inseto para a fase adulta. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.

As larvas do A. aegypti têm tamanho reduzido, aproximadamente o de uma cabeça de agulha de costura
Os maiores índices de infestação pelo A. aegypti são registrados em bairros com alta densidade populacional e baixa cobertura vegetal, onde o mosquito encontra alvos para alimentação mais facilmente. Outro fator importante é a falta de infraestrutura de algumas localidades. Sem fornecimento regular de água, os moradores precisam armazenar o suprimento em grandes recipientes, que na maioria das vezes não recebem os cuidados necessários e, por não serem completamente vedados, acabam tornando-se focos do mosquito.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Hospital no Rio atendeu 16 casos de Guillain-Barré associada ao Zika, diz médico

Os casos da síndrome de Guillain-Barré, uma doença paralisante dos músculos, que pode estar associada ao vírus Zika, chegam a 16, só este ano, no Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), segundo o médico neurologista Osvaldo Nascimento, que dá aulas na universidade e é supervisor de ensino no hospital. O número é rebatido pela UFF, que emitiu nota nesta sexta-feira (5) admitindo apenas um caso confirmado de Guillain-Barré.

O médico sustentou que seis casos estão laboratorialmente comprovados e que mais dez, de menor gravidade, tiveram diagnóstico clínico, no ambulatório do hospital, e que os pacientes foram liberados.

“Foram seis casos internados, sendo dois em estado mais grave, um em terapia intensiva e o outro na unidade de emergência. Pacientes com casos leves, que foram encaminhados ao ambulatório, eram dez pessoas. Todos com quadro de Guillain-Barré e todos referiram quadro infeccioso prévio como o do vírus Zika”, relatou Nascimento, que é coordenador de pesquisa e pós-graduação em Neurologia da UFF e presidente regional da Academia Brasileira de Neurologia no Rio.

O médico explicou que a síndrome começa após uma infecção, como a do Zika, e que se manifesta por dormência e fraqueza das pernas, que vai subindo, chegando à cabeça. Existem dez variantes da Guillain-Barré, de acordo com ele, sendo que de 75% a 80% dos pacientes evoluem muito bem.

Nascimento alertou para a necessidade do poder público investir mais na rede de atendimento à Guillain-Barré, inclusive com diagnósticos mais rápidos, pois a síndrome pode estar associada à Zika, o que poderia levar a um aumento expressivo no número de casos no país. A doença precisa ser tratada imediatamente após o aparecimento dos primeiros sintomas para se garantir uma evolução favorável.

Uma das dificuldades em se diagnosticar rapidamente a Guillain-Barré é o fato dela aparecer até 20 dias após o episódio de Zika. “Até o momento, tanto para Zika ou chikungunya, não conseguimos fazer o diagnóstico se for por mais de cinco ou seis dias depois do quadro agudo da infecção inicial. Só que essas síndromes [como a Guillain-Barré] acontecem de 15 a 20 dias depois. Esta é a dificuldade.”

O neurologista explicou que os casos de Guillain-Barré costumam atingir de um a quatro por 100 mil pessoas, o que reforça a necessidade de se investigar a associação do número grande de casos, como no Hospital Antônio Pedro, com a epidemia de Zika. De acordo com ele, médicos de outros hospitais do Rio também estão relatando aumento no número de casos de Guillain-Barré.

Segundo a nota do Hospital Universitário Antônio Pedro, não há comprovação científica da relação causa e efeito entre o Zika e a síndrome. Além disso, o hospital alegou que casos atendidos em nível ambulatorial não foram comunicados à direção da unidade.



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

ONU oferece ajuda ao Brasil para combater vírus Zika

A Organização das Nações Unidas (ONU) colocou à disposição do governo brasileiro todas as 24 unidades que atuam no Brasil para auxiliar no combate ao vírus Zika. A manifestação ocorre após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar, na segunda-feira (1º), o vírus uma emergência internacional em saúde pública.

Espanha registra primeiro caso de vírus Zika em grávida


As autoridades da região espanhola da Catalunha confirmaram hoje (4) que uma mulher grávida de 13 semanas, que esteve recentemente na Colômbia, foi diagnosticada com o vírus Zika. As autoridades catalãs acreditam que este é o primeiro caso de uma gestante infetada com o vírus Zika na Espanha.

Segundo o Departamento de Saúde da Catalunha, a mulher está recebendo assistência, mas não está hospitalizada. Os sintomas e sinais clínicos da infeção, transmitida aos seres humanos por picada de mosquito, são muito parecidos com os da gripe, como febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares.

OMS apoia restrição de doações de sangue por quem passou por países com Zika


A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou hoje (4) “adequado” restringir doações de sangue de viajantes oriundos de países de risco, de modo a evitar uma eventual propagação do vírus Zika, que atinge a América Latina.

“Com o risco de novas infeções pelo vírus Zika em diversos países e a possível ligação entre o vírus e a microcefalia, além de outras consequências clínicas, restringir as doações de sangue por parte daqueles que regressam de regiões onde há a epidemia é uma medida de precaução adequada”, segundo a OMS.

Grupo defende direito ao aborto em casos de microcefalia; CNBB é contra

A intensa circulação do vírus Zika no Brasil e a possível associação da infecção em gestantes com casos de microcefalia em bebês reacende no país o debate sobre o aborto. Um grupo composto por advogados, acadêmicos e ativistas prepara uma ação, a ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), que cobra o direito de interromper a gravidez em casos em que a síndrome for diagnosticada nos bebês.

Em entrevista à Agência Brasil, a antropóloga e pesquisadora Debora Diniz, que está à frente do trabalho, explicou que a ação deve ser encaminhada à Suprema Corte em, no máximo, dois meses. O mesmo grupo impetrou ação similar, em 2004, para pedir ao STF o direito ao aborto em casos de bebês com anencefalia. O pedido foi acatado pelos ministros em 2012.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Anvisa registra teste que detecta zika, chikungunya e dengue de forma combinada

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu a análise técnica de três produtos comerciais para diagnóstico in vitro do vírus Zika. A partir de agora, com o registro da Anvisa, esses testes poderão ser comercializados. 

Dois desses produtos utilizam metodologia de imunofluorescência para a detecção de anticorpos relacionados aos vírus Zika, Chikungunya e da dengue em um único procedimento de teste de forma combinada.

Já um terceiro produto utiliza a metodologia de reação em cadeia da polimerase para determinar a presença do Zika na amostra biológica em estudo.

Ainda segundo a agência, foram concluídas também as análises de outros dois produtos para determinar a presença dos vírus da febre chikungunya e da dengue pela mesma metodologia de reação em cadeia da polimerase.
As medidas foram publicadas hoje (3) no Diário Oficial da União.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Campinas registra caso autóctone de vírus Zika


A cidade de Campinas, no interior de São Paulo, registrou um caso autóctone de vírus Zika. Uma pessoa doou sangue no hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas não apresentava sintomas na época da doação. O doador teria a presença do vírus em abril do ano passado.

O paciente que recebeu o sangue contaminado tinha politraumatismo e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, devido à manifestação laboratorial atípica, a Unicamp começou a investigar as causas desses sintomas que não estariam relacionados ao politraumatismo. Ao todo, 18 bolsas de sangue foram investigadas e, em uma delas, foi encontrado zika vírus.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Zika: OMS discute se declara emergência internacional em saúde pública


O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar o risco de propagação do vírus Zika no mundo terá hoje (1º) sua primeira reunião em Genebra. O grupo discutirá se a propagação do vírus e sua possível relação com o aumento de casos de microcefalia constitui emergência em saúde pública de importância internacional, como aconteceu recentemente com a epidemia de ebola, detectada na África Ocidental.

Segundo o Ministério da Saúde, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis da pasta, Cláudio Maierovitch, apresentará os dados brasileiros por videoconferência.

O comitê foi criado depois que os Estados Unidos emitiram alerta para que gestantes não viajassem a países onde circula o vírus e que governos aconselharam mulheres a não engravidar.

O comitê é formado por profissionais renomados, especialistas na área. Segundo a professora de direito internacional da Universidade de São Paulo, Deisy Ventura, o grupo pode se reunir por alguns dias, até definir se defende a declaração de emergência ou não. A decisão final é da diretoria-geral da OMS e pode ser mudada, dependendo das novas informações.


Durante sessão do conselho da organização na semana passada, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a situação do vírus no mundo mudou drasticamente e que o Zika, após ser detectado nas Américas em 2015, se espalha agora de forma explosiva. Até o momento, segundo ela, 23 países já reportaram casos da doença

A situação é preocupante, segundo Margaret Chan, por conta de fatores como a ausência de imunidade entre a população; a falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápido; e a possibilidade de disseminação global da doença, quando considerada a presença do mosquito Aedes aegypti em diversas partes do planeta. O mosquito é o transmissor do vírus.


Entenda o que é uma situação internacional de emergência em saúde pública

A professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Deisy Ventura, disse que, para decretar situação de emergência em saúde pública de importância internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve considerar a necessidade de ação coordenada entre os países e analisar se a situação apresenta risco à saúde global. O assunto começou a ser discutido pela entidade hoje, em Genebra. 

A criação de um comitê de emergência para avaliar a questão foi decidida depois que o governo brasileiro levantou a possibilidade de o vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, ser motivo do aumento de nascimentos de crianças com microcefalia. A informação mudou o perfil de risco do Zika, de uma leve ameaça a uma epidemia de proporções alarmantes. A decisão da OMS pode levar alguns dias.

A organização poderá fazer recomendações, como por exemplo nos cuidados em viagens, com bagagens e procedimentos. Além disso, há maior mobilização para a arrecadação de fundos destinados ao combate ao vírus. “A OMS tem que combater a propagação internacional da doença, causando o mínimo possível de danos à circulação de pessoas, de bens e mercadorias”, disse a especialista, que também é professora de direito internacional.

Para Deisy, a emergência em saúde pública de importância internacional tem um lado bom e um ruim. “Quando a OMS usa esse recurso, ela deixa todo mundo em estado de alerta, então reforça a importância daquela ameaça dentro dos Estados-Membros. Ela ajuda os ministérios da Saúde a receberem mais peso internamente. Ajuda a captar recursos internacionais e  dá uma orientação para os Estados - o que se quer é que todos andem no mesmo sentido. Por outro lado, a repercussão tem impacto sobre o turismo, sobre a compra de produtos, o que é natural quando o mundo toma conhecimento de uma situação de risco em alguns países”, acrescentou.

Desde a reformulação do Regulamento Sanitário Internacional, em 2007, foram decretadas três situações de emergência de importância internacional. A primeira em 2009, pelo vírus H1N1, em seguida pelo poli vírus selvagem, em 2014, e a mais recente, pelo ebola, também em 2014.

Mesmo com a situação do ebola, vírus transmitido pelos fluidos de pessoa para pessoa e que mata 80% dos infectados, a OMS recomendou que os países não restringissem a circulação de pessoas oriundas dos países da África Ocidental, onde havia epidemia da doença.

Ainda no caso do ebola, a organização recomendou que os governantes tivessem um sistema de comunicação eficaz, que estruturassem uma rede nacional de respostas imediatas e de tratamento. “Às vezes, as recomendações têm dificuldades de implementação porque não existem sistemas nacionais de saúde estruturados. Foi o grande problema do ebola. A gente sabe o que tem que fazer com uma crise de ebola, mas o sistema de saúde desses Estados estava sucateado e foi preciso criar uma missão das Nações Unidas”, lembrou Deisy.

Segundo a especialista, no caso do vírus Zika, os países têm mais estrutura do que a Guiné, Serra Leoa e a Nigéria, os países mais atingidos pelo ebola, e isso torna a situação um pouco mais favorável. “Nossa capacidade de resposta já é bem maior”.

Até 2007, havia um recurso usado para evitar a propagação de doenças específicas, como a varíola, febre amarela e tifo. Porém, a organização percebeu que há situações desconhecidas que precisam de ações globais enérgicas. Para tomar a decisão, é montado um comitê técnico de emergência, formado por pessoas que tenham conhecimento do assunto, que dará à OMS os subsídios necessários.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook